As grandes narrativas sobre as figuras de nossa história alçadas ao status de heróis nacionais não raro falham em dar conta das múltiplas dimensões desses personagens.

Amplamente lembrado por sua atuação na esfera pública na virada do século 19 para o 20, Oswaldo Cruz não escapa a essa sina.

Inúmeros são os relatos sobre o seu papel no enfrentamento das epidemias que assolavam o Brasil à época. Sobre sua vida privada, porém, pouco se sabe.
A exposição Do teu saudoso Oswaldo convida o público a conhecer este personagem para além do mito centrado na figura do médico, cientista e sanitarista, a partir de um mergulho em um acervo de mais de 340 cartas pessoais, redigidas em um período que se inicia em 1889 e se estende após sua morte, em 1917.

Nessa minuciosa correspondência mantida quase que diariamente com familiares, estão eternizadas as experiências cotidianas de um Oswaldo que se sente à vontade para extravasar suas angústias, fragilidades, ódios, dores e paixões.
Em um papel amarelado e com vincos de dobras, uma carta manuscrita à tinta preta. Ativar intérprete de Libras

Ao jogar luz sobre essa faceta quase inexplorada de Oswaldo Cruz, esta exposição rememora a cultura das relações por meio de cartas, que, no âmbito pessoal, vem perdendo relevância com o avanço de novas tecnologias. Das cartas escritas nas constantes e longas viagens que com frequência o privaram do convívio familiar, emerge o marido e pai doce e amoroso, que não esconde as lágrimas nem disfarça a tristeza por estar longe dos seus. As linhas traçadas em papéis de carta com timbres de hotéis e navios revelam um olhar estrangeiro, ao mesmo tempo fascinado pela modernidade das grandes metrópoles europeias e norte-americanas e perplexo pelos flagrantes contrastes com o Brasil do começo do século 20. Carta manuscrita em papel amarelado. Acima e à esquerda, um carimbo azul e quadrado. Dentro dele, as letras do nome Oswaldo. Em negrito na carta, a palavra “Uirapuru”. Logo abaixo, entre aspas: “pássaro encantado”. Ativar intérprete de Libras

Em uma combinação de novas e antigas formas de comunicação interpessoal,
a correspondência é apresentada na forma de stories – narrativas audiovisuais curtas e fragmentadas hoje populares
nas redes digitais.

Nesses filmetes, três atores emprestam sua voz a Oswaldo. A sobreposição de meios e linguagens incita um questionamento: com o domínio da comunicação por mensagens instantâneas, que testemunhos deixaremos às gerações futuras?
Ativar intérprete de Libras Fotografia em preto e branco do ator Bruno Quixote, visto da cintura para cima. Ele é negro e magro. Tem cabelo crespo, curto e volumoso na parte de cima, olhos pequenos, nariz largo e barba curta. Bruno sorri. Une as mãos fechadas na altura do peito. Está de camisa com mangas arregaçadas até os cotovelos. Fotografia em preto e branco do ator Rafael Mannheimer. Ele é branco. Tem cabelo liso, curto e grisalho, sobrancelhas grossas, olhos grandes e barba. Rafael usa jaqueta escura sobre a camiseta clara. Olha de lado, tem os lábios entreabertos e as mãos paralelas, na altura do peito. Fotografia em preto e branco do ator João Velho, visto da cintura para cima. Ele é branco. Tem cabelo curto e ondulado, nariz afilado e barba espessa. A boca de João, que é pequena, está entreaberta. Ele usa camisa preta e entrelaça as mãos à frente do peito.

As grandes narrativas sobre as figuras de nossa história alçadas ao status de heróis nacionais não raro falham em dar conta das múltiplas dimensões desses personagens. Amplamente lembrado por sua atuação na esfera pública na virada do século 19 para o 20, Oswaldo Cruz não escapa a essa sina. Inúmeros são os relatos sobre o seu papel no enfrentamento das epidemias que assolavam o Brasil à época. Sobre sua vida privada, porém, pouco se sabe. A exposição Do teu saudoso Oswaldo convida o público a conhecer este personagem para além do mito centrado na figura do médico, cientista e sanitarista, a partir de um mergulho em um acervo de mais de 340 cartas pessoais, redigidas em um período que se inicia em 1889 e se estende após sua morte, em 1917. Nessa minuciosa correspondência mantida quase que diariamente com familiares, estão eternizadas as experiências cotidianas de um Oswaldo que se sente à vontade para extravasar suas angústias, fragilidades, ódios, dores e paixões.

Ativar intérprete de Libras

Ao jogar luz sobre essa faceta quase inexplorada de Oswaldo Cruz, esta exposição rememora a cultura das relações por meio de cartas, que, no âmbito pessoal, vem perdendo relevância com o avanço de novas tecnologias. Das cartas escritas nas constantes e longas viagens que com frequência o privaram do convívio familiar, emerge o marido e pai doce e amoroso, que não esconde as lágrimas nem disfarça a tristeza por estar longe dos seus. As linhas traçadas em papéis de carta com timbres de hotéis e navios revelam um olhar estrangeiro, ao mesmo tempo fascinado pela modernidade das grandes metrópoles europeias e norte-americanas e perplexo pelos flagrantes contrastes com o Brasil do começo do século 20.

Ativar intérprete de Libras

Em uma combinação de novas e antigas formas de comunicação interpessoal, a correspondência é apresentada na forma de stories – narrativas audiovisuais curtas e fragmentadas hoje populares nas redes digitais. Nesses filmetes, três atores emprestam sua voz a Oswaldo. A sobreposição de meios e linguagens incita um questionamento: com o domínio da comunicação por mensagens instantâneas, que testemunhos deixaremos às gerações futuras?

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Como foi a exposição física em 2019 e 2020

Centro Cultural dos Correios no Rio de Janeiro e Brasília

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