Tempos de guerra – Exposição Do Teu Saudoso Oswaldo

Minha Querida Miloquinha

Oswaldo Cruz chegou a Paris em meados de julho de 1914 com a família. Poucas semanas depois, foi deflagrada a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Súbita e inesperadamente, eles se viram em meio ao conflito. Por julgar que os riscos seriam menores no outro lado do canal da Mancha, ele decidiu buscar abrigo em Londres, para onde partiu com a família no início de setembro. Em cartas ao filho, Bento, e à mãe, Amália, menciona os boatos que corriam sobre um possível bombardeio contra a cidade por parte dos zepelins alemães.

Eram hoje 6 horas da manhã, quando os tímpanos do telefone advertiram que alguém desejava falar conosco; era teu pai que me chama para tratar-lhe o ferimento da perna.

Oswaldo Cruz chegou a Paris em meados de julho de 1914 com a família. Poucas semanas depois, foi deflagrada a Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Súbita e inesperadamente, eles se viram em meio ao conflito. Por julgar que os riscos seriam menores no outro lado do canal da Mancha, ele decidiu buscar abrigo em Londres, para onde partiu com a família no início de setembro. Em cartas ao filho, Bento, e à mãe, Amália, menciona os boatos que corriam sobre um possível bombardeio contra a cidade por parte dos zepelins alemães. Eram hoje 6 horas da manhã, quando os tímpanos do telefone advertiram que alguém desejava falar conosco; era teu pai que me chama para tratar-lhe o ferimento da perna.

Veja detalhes das imagens

Fotografia em preto e branco de uma barricada em Paris, em 1914. Um grande biombo feito com tábuas de madeira ocupa o meio da rua. Três tábuas inclinadas estão apoiadas em um dos lados do biombo. À direita dele, dois homens de boina: um em pé e outro, ajoelhado. Ao fundo, uma carruagem e pedestres.

Barricada em Paris em 1914

Foto em preto e branco. Vários carros estão alinhados, formando uma diagonal. As cabines do carro não têm vidros. No primeiro carro, há um homem sentado na borda da cabine, com as pernas para fora. Na segunda, há um homem sentado dentro da cabine. Do lado de fora, um soldado empunha um fuzil, segurando-o sobre o ombro. Usa quepe, casaco, calça e botas.

Carros para transporte de tropas francesas em 1914

Fotografia em preto e branco de onze soldados agrupados em frente à entrada de um metrô em Paris. Todos olham para a frente. Alguns deles empunham fuzis. Outros fumam. Alguns sorriem. Usam bonés, sobretudo com botões, calças e botas.

Soldados guardam entrada do metrô em Paris, em 1914

Fotografia em preto e branco de pessoas agrupadas na rua, em frente a um prédio, na Downing Street, em Londres. São homens em sua maioria. Usam chapéus e boinas. Estão de casacos e ternos.

Aglomeração de pessoas em Downing Street, em Londres

Fotografia em preto e branco de uma multidão à frente dos portões do palácio de Buckingham, na Inglaterra. Três pessoas estão em uma das varandas do palácio, no segundo andar, e são vistas de longe. Na multidão, alguns homens erguem os chapéus.

Família real na sacada do Palácio de Buckingham após declaração de guerra

Fotografia em preto e branco de um grupo de fugitivos na Gare du Nord, em Paris, em 1914. Algumas pessoas estão nas carrocerias de um caminhão. Um homem põe uma menina dentro do caminhão, ao lado de uma mulher. Pessoas, à direita, fazem fila para entrar. Um homem traz um cachorro em uma guia.

Fugitivos na Gare du Nord, em Paris, em 1914

Fotografia em preto e branco. Em primeiro plano, um grupo de cinco pessoas. Ao centro, um homem empunha uma bandeira. Está de farda e usa quepe. Outro homem, à esquerda, dá a mão para uma mulher. Ele está de boina, casaco, camisa, calça e botas. A mulher está de vestido longo, com mangas longas. Mais ao fundo, muitas pessoas ocupam a rua. À direita, ao fundo, alguns prédios comerciais.

Reservistas franceses em 1915

Fotografia em preto e branco dos escombros de duas casas bombardeadas em Yarmouth, na Inglaterra. Os telhados das duas casas estão destruídos. Pela janela da casa à esquerda, podem-se ver as tábuas que sustentavam o telhado. Abaixo, as portas da garagem estão destruídas. Por elas, é possível ver os destroços. A rua em frente está repleta de fragmentos de tijolos e madeira. Algumas pessoas, em frente às casas, conversam.

Destroços de casa bombardeada em Yarmouth (Inglaterra) em 1915

Gravura em preto e branco de um navio naufragando. O navio é enorme e possui quatro grandes chaminés, que soltam fumaça. A popa do navio está submersa e a proa, erguida para fora da água, deixando o navio inclinado e a grande hélice acima da água. Pessoas em botes remam na água, afastando-se do navio.

Afundamento do Lusitânia em 1915

Fotografia em preto e branco de onze homens alinhados em frente ao gol de um campo de futebol. Todos usam máscaras de proteção para gás, que cobre toda a cabeça e o nariz. Um caninho sai da boca e há orifícios para os olhos. Os homens usam camisetas de mangas longas, calças com suspensórios e chuteiras. Em frente a eles, ao centro, há uma bola.

Soldados britânicos jogam futebol com máscaras de gás em 1916

Foto em preto e branco. Cinco soldados, vistos de costas, empunham bandeiras com o brasão do Império Alemão e marcham em direção ao Palácio dos Inválidos, que tem dois andares. Pessoas ocupam as varandas com portas em arco, no segundo andar, e as portas no andar térreo. À esquerda, ao fundo, alguns homens tocam tambores. À direita, soldados perfilados observam os homens com as bandeiras.

Bandeiras alemãs recebidas no Palácio dos Inválidos, em Paris, em 1914

Fotografia em preto e branco. Na rua, um soldado segura a sufragista Emmeline Pankhurst pelas costas, erguendo-na pela cintura. Emmeline usa um chapéu com plumas, vestido longo com mangas e sapatos. Está de olhos semicerrados e boca entreaberta. O soldado usa um quepe e farda. Um homem caminha ao lado deles e, boquiaberto, olha para Emmeline. Outras pessoas, ao fundo, caminham olhando para eles.

Prisão da sufragista Emmeline Pankhurst em Londres, em 1914

Em fotografia em preto e branco, em um campo aberto, soldados estão em frente aos destroços de um dirigível caído no chão gramado. À esquerda está a estrutura frontal metálica da aeronave de formato ovalado. À direita, os metais que compõem a parte traseira do dirigível estão retorcidos e quebrados. À esquerda, um homem está no topo de uma escada apoiada no bico da estrutura do dirigível.

Destroços de um zepelim abatido por aviadores ingleses

Torpedos alemães capturados como troféus de guerra

Fotografia em preto e branco de um torpedo apoiado em três pedestais de metal, em uma área externa. À frente, uma placa escrito: “German Torpedo. Salved from Enden”. Ao fundo, pessoas transitam entre barracas de acampamento.

Leia as cartas de Oswaldo para sua família

Carta escrita por Oswaldo para Bentinho, em papel amarelado e com manchas do tempo. No canto superior esquerdo, a impressão de um brasão vermelho, com uma cruz entre dois dragões. Abaixo, em letras pretas, está escrito: Verney’s. À direita, o endereço: 41. Queen’s Gardens. Lancaster Gate. London. No cabeçalho: “15 de setembro de 1914”. Para ler toda a carta, acesse as cartas de Oswaldo para sua família.

[Papel de carta VERNEY'S 41. QUEEN'S GARDEN LANCASTER GATE LONDON, W. ]
15 Setembro 1914

Carta manuscrita por Oswaldo para Bentinho, em papel timbrado do Verney’s. À esquerda, acima, o brasão vermelho do hotel, composto por uma cruz entre dois dragões. À direita, o endereço. A carta possui dois furos paralelos na lateral esquerda, feitos com furador. No cabeçalho, Oswaldo escreve: “Londres, 18 de Novembro de 1914”. Para conhecer toda a carta, leia as cartas de Oswaldo para sua família.

Londres, 18 de Novembro de 1914.

Carta de Oswaldo para Bentinho, escrita no papel timbrado do Verney’s. O papel está amarelado e com manchas do tempo. À esquerda, na lateral, dois furos feitos com furador. No cabeçalho: “8 de dezembro de 1914”. Para conhecer toda a carta, leia as cartas de Oswaldo para sua família.

[PAPEL DE CARTA DE “VERNEY'S 41. QUEEN'S GARDEN LANCASTER GATE. LONDON, W.”]
8 de dezembro 1914

Carta manuscrita por Oswaldo para Miloca, em papel amarelado e com manchas cinza. No cabeçalho, Oswaldo escreve: “Petrópolis, 21 de fevereiro de 1915. Minha Miloca muito adorada”. Para conhecer toda a carta, leia as cartas de Oswaldo para sua família.

Petrópolis, 21 de Fevereiro 1915.

Carta manuscrita de Oswaldo para Miloca, em papel amarelado e com manchas do tempo. À esquerda, acima, está impresso: “Instituto Oswaldo Cruz. Caixa postal 926. Brasil. Rio de Janeiro”. Para conhecer todo o conteúdo da carta, leia as cartas de Oswaldo para sua família.

1 de Junho de 1915

Carta manuscrita de Oswaldo, em papel amarelado pelo tempo. No cabeçalho, Oswaldo escreve: Rio, 9 de junho de 1908. Minha Miloquinha querida. A carta tem quatro páginas. Para conhecê-las na íntegra, leia as cartas de Oswaldo para sua família.

Rio, 9 de Junho de 1915.